Corrida do Trabalhador Solidário 2009
http://www.trabalhadorsolidario.com.br/
Data: 27/09/2009 –
9h05min (domingo)
Local: Sítio do
Picapau Amarelo – Taubaté/SP
Distância: 10 km (corri apenas 3 km cronometrados)
Tempo: 15:11
Velocidade Média: 11,86 km/h (3,29 m/s) Passo: 5:04(3,85%)
Pontos
(Tabela Húngara):
152 (projetado)
Temperatura: dia claro, 27ºC
Valor da Inscrição: R$ 33,00 (R$ 30, + taxa de
serviços) com 1 kg de alimento; ou R$ 38,00 (R$ 35 + taxa) sem alimento
Número de peito: 50
Tênis: Ironman Oahu branco/azul (4)
Colocações:
Geral: n/c
Masculino: n/c
Categoria 38-47 anos (!): n/c
Resultado na Web:
http://www.corridasderua.com/resultados.aspx?i=594
Medalha:
Camiseta: regata,
poliamida
Foto:
Relato:
Algumas pessoas, depois de lerem relatos de algumas das minhas epopeias, como a Maratona das Praias e o
Desafio Ecológico de Pinda, pra ficar em apenas dois exemplos, podem achar que
eu sou o tipo do cara que quer chegar ao final de uma corrida a qualquer custo,
seja em que estado for. Uma versão masculina, amadora e com sérias restrições orçamentárias de Gabrielle Andersen-Scheiss.
Prazer, Fábio Namiuti. Não mesmo, caras! Corrida tem uma atrás da outra. Eu sou
um só. Se não der certo numa, tento na próxima, qual é o problema? O
fundamental é estar inteiro para ela.
A semana que antecedeu essa prova até que foi bem produtiva. De volta à
rotina, depois do (creio que) merecido descanso pós-42K, treinei na segunda
(esteira), quarta (tiros curtos) e sexta (longuinho de 15K). O problema foi a
volta à musculação. Depois de duas semanas sem malhar e outras tantas pegando bem
mais leve que o de costume, puxar ferro me deixou meio travado. Fui uma vez só
para a academia (estavam previstas duas sessões), mas já foi o bastante para me
mandar para a corrida meio cabreiro. Quando
isso se juntou com uma noite (mal) dormida no sofá (churrasco na casa vizinha
ao meu prédio até altas horas), lascou-se de
vez.
Pena a coincidência das datas, que obrigou a uma divisão da equipe 100
Juízo. Parte (capitão, diretor, Natanael, Acacio, Flávio e Mayke) foi para o Circuito Unimed de Coração, em Guará (aguardando notícias, espero
que tenham brilhado. P.S.: Zebra e Mayke em terceiro nas faixas etárias. Parabéns, camaradas!!!). E outra (Cris e Manoel, além
desse escriba) ficou por aqui perto, em Taubaté. Depois de reunir a
comitiva familiar (hoje composta pelos meus padrinhos
mágicos e caminhantes e pela Cecília, também minha tia, mas de tão novinha,
ninguém diz!), nos encontramos com a turma do Toninho e pegamos o Luis Carlos
na beira da Dutra. Pelo pique que ele deu pra chegar ao carro, nem precisava de
aquecimento.
E, aliás, aquecimento pra quê??? Logo que a gente chegou, estacionou e
retirou o kit (o da corrida sossegado, com uma lista ampliada e um bom número
de guichês; mas o da caminhada,
ninguém sabia, ninguém tinha visto, deu trabalho pra conseguir), o Toninho já queria ir dar um
trotinho. Depois de relutar um pouco, fui acompanhar. Mas, ao ouvir o locutor
anunciando as 9h como o novo horário para a largada (estava previsto o das
8:30), desanimei. Ficar aquecendo mais de 40’ pra correr 10K é de ferver o
radiador antes do tempo, ainda mais naquela lua
cheia que já tinha aparecido no céu antes das 6 da matina. Aí foi esperar o tempo passar, colocando as novidades em
dia com a rapaziada. E atualizando o álbum de fotos. O nosso amigo Tonico,
inclusive, preferiu sair ao lado da Cuca que da Emília. Gosto não se
discute, hehehe...
Com mais cinco minutinhos de bônus,
saímos em disparada pela lateral do Sítio. Belo lugar para uma largada de
corrida. Mas o que não estava nada bonito era o calor. Desde os primeiros
passos, mais curtos que o normal inclusive (amplitude encurtada pela rigidez
muscular), senti que teria dificuldades hoje. O Toninho, normalmente companheiro
habitual de ritmo, disparou na frente. Seria um ótimo coelho, se eu estivesse
em condições de acompanhar. Senti que não estava.
Tendo visto o mapa do percurso no site do evento, fiz a medida no
MapMyRun e cheguei a estarrecedores 13
km, em ida e volta. Comentei com a galera antes da prova, teve gente que disse
conhecer bem o trajeto e dizer que era mais ou menos isso mesmo. A aferição posterior
era com o xará Vilhena (o GPS dele marcaria 10.160 metros), mas e as placas?
Cada quilômetro teria mil e trezentos metros, então? Bem, pelo menos a primeira
delas, não. Deu impressão até de ser mais curto, com 4’37’’ na passagem. Por
hora, tudo plano, o incômodo vinha apenas do calor forte. Mas parecia que o
resto não iria atrapalhar. Só parecia...
Vendo ali na frente não só o próprio Toninho abrindo distância, mas também outros “adversários” habituais, sem condições de
acompanhar ninguém, optei por me concentrar no meu próprio ritmo. Ainda tentava mantê-lo e até consegui. O
segundo quilômetro, já com algumas pequenas variações altimétricas, veio com 4’40’’.
Senti um puxãozinho na virilha, mas não me preocupei com isso. Nem com a
rampinha acima, que não chegou a quebrar muito o ritmo. A segunda vez, no
entanto, mostrou a que veio. Uma fisgadinha daquelas que diz: pára ou eu te
paro. Parei. Andei um pouco, senti que melhorou e retomei o trote. Tentei
acelerar e vi que não dava mais. Se fosse para continuar, seria um martírio desnecessário e, pior, certamente gerando um resultado
alto e desestimulante. Cheguei na terceira placa e encostei. Até andei mais alguns metros adiante, mas realmente não dava mais. O
veterano (Sr. Adão) das 48 corridas só em 2009 (isso é que é fominha, hein, Jorjão?) deu uma força, o Fabio
Vilhena e o Bruno, idem. Valeu, galera! Hoje não tinha jogo...
Aí, já sem número de peito, começou um caminho de volta do jeito que deu,
no melhor estilo Maratona das Praias, mas felizmente em muito menor escala.
Trotinho ia bem, não doía e nem incomodava. Mas andar era bem mais agradável.
Principalmente pelo canto da calçada, junto ao muro, único lugar com sombra
disponível. Encontrando meus tios, junto com a Ana e mais uma senhora, quatro
únicos participantes do evento da caminhada (micou pela combinação de distância exagerada, 10 km, com preço alto),
avisei que dali pra frente tinha subida e era a seco (não vi nenhum posto
de água por onde passei, quem concluiu me diria depois que era posto único,
dois considerando ida e volta; pouca coisa, ainda mais para esse clima de hoje).
Resolveram voltar comigo.
Chegando de volta ao km 9, falei para eles que iria terminar correndo. E
usei o trecho para um teste das minhas condições reais pós-susto. Corri forte
uns 200 metros, acompanhando inclusive a segunda colocada do geral feminino.
Mesmo sem voltar a sentir dores, diminuí e adequei a velocidade para um
trotinho leve, só para concluir. Tomando o cuidado de passar pela calçada, longe
do tapete de cronometragem, para não correr o risco de registrar um resultado
errôneo e prejudicar a classificação alheia. Nem marquei o tempo deste retorno,
ficaram gravados apenas os 15’11’’ da parcial do km 3. Dava pra ter terminado?
Acho que sim, principalmente se eu estivesse correndo ao lado do Toninho ou
chegado até o João, que estava bem perto quando parei. Mas não era necessário. Não
corro para me envaidecer, apenas para me divertir e cuidar da minha saúde. E
saí dessa prova com ela preservada, para poder continuar me divertindo, me
cuidando e, se possível for, correr melhor nas próximas provas. Que me perdoe quem pensa diferente, mas, pra mim, por mais
importante que seja, uma corrida é só uma corrida.
Na chegada, peguei um kit razoável com medalha (está ali acima do relato,
para efeito ilustrativo, mas não vai sequer figurar na minha galeria),
certificado (escrevi um NÃO ao lado da palavra “completou” nele), frutas,
barra de cereal e suco (no regulamento constava isotônico). Água tinha à vontade,
num daqueles bebedouros da Sabesp. A camiseta, entregue antes, a rapaziada
comentou que mais parecia um abadá pra
correr atrás do trio elétrico. Só não vai
quem já morreu...
À medida que os amigos foram chegando, fui vendo e ouvindo o grau de
dificuldade encontrado por todos no resto do percurso que não enfrentei. Quem faz
40’ (como o Cris) nos 10K, fez 45’. Quem faz 45’ (como o Luis Carlos), foi além
de 50’. E quem faz abaixo de 50’, como o Toninho, fez em 55’. E mesmo assim
levou troféu, o danado. Bravo, grande
corredor, você é o cara! Manoel, primeiro de sua categoria, foi outro que subiu
e merece aplausos. O Wilson, que conseguiu um pra lá de honroso quinto lugar na categoria, idem. Bem como todos que estiveram
presentes, com gente concluindo até próximo de uma hora e meia. Haja disposição! Parabéns a todos(as)!
E mesmo sem a presença da galera completa, teve piquenique providenciado
pelas nossas “nutricionistas” (com a
dieta delas, muito em breve mudaremos de esporte, de corrida para sumô!). Mesmo
sem correr a prova inteira, curti integralmente. E acho que é isso, no final
das contas, o que interessa, não?
Percurso:
Gostei:
da parte que eu vi do percurso, de não deixar o que aconteceu me afetar
Não
gostei:
do atraso na largada, da distribuição de água, do estilo da camiseta
Média: 3,77
Viagem:
45 km, sem pedágio
BR-116 (Dutra)
Veja também:
O relato do Wilson Arantes
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