Oscar Reebok’Run 2011
http://www.oscarreebokrun.com.br
Geral: 169ª Corrida 2011: 9ª Corrida
Data: 17/04/2011 – 9h06min
(domingo)
Local: Shopping
Colinas – São José dos Campos/SP
Distância: 5,41 km (23ª)
Tempo: 27:43
(líquido, 27:45 na cronometragem oficial) e 29:17 (bruto)
Velocidade Média: 11,71 km/h (3,25 m/s) Passo: 5:07(3,9%)
Pontos
(Tabela Húngara):
145
Temperatura: sol entre nuvens, 26ºC
Valor da Inscrição: grátis, ganhei no Twitter (preço normal R$ 40)
Número de peito: 1006
Tênis: Saucony ProGrid Ride Wide branco/vermelho (1)
Colocações:
Geral: 229º (de 901) 25,42%
Masculino: 205º (de 540) 37,96%
Resultado na Web:
http://www.oscarreebokrun.com.br/resultado.html
Medalha:
Camiseta: (poliamida, km
10)
Foto:
Vídeos (por Ronnie Alves):
Relato:
Se a primeira parte da dobradinha do final de semana foi uma corrida pequena,
simples (o que não quer dizer ruim!) e praticamente solitária à beira-mar, a
segunda seria o oposto total. Uma grande festa do esporte, com estrutura
profissional, nomes fortes nos bastidores e na pista, participantes aos
milhares (entre eles, um sem número de amigos e amigas tão fanáticos por
corrida quanto eu) e em um cenário tipicamente urbano, velho conhecido de
outras provas e muitos treinos. Em comum, apenas a predominância do terreno
plano e o calor. Hoje, felizmente um pouquinho mais brando que ontem.
Este domingo marcaria a estreia da tenda da Equipe 100 Juízo. Adquirida
graças ao esforço conjunto de vários dos nossos integrantes e amigos (ganhamos
uma bicicleta em uma prova em Ubatuba no ano passado e fizemos dela uma rifa),
ela passou alguns meses em standby
enquanto aguardávamos a melhor oportunidade para montá-la em um evento local.
Quando recebi, durante a semana, o telefonema do nosso Diretor Edward
confirmando, fiquei bastante feliz com a notícia e tratei de divulgá-la pelo blog
da equipe. Como foi bonito chegar lá e ver o nosso time reunido, com uma
singela, mas muito útil estrutura com frutas & outros belisquetes, água (e outros líquidos que não podem faltar na reposição
pós-prova, né, capita?), mesa, banquetas.
Cada novo membro que chegava, só fazia aumentar a vibração e a alegria, que tão
bem caracterizam esse grupo de amigos, legítimos malucos do asfalto, devidamente identificados pela faixa que
enfeitava a tenda. Estamos cada vez mais numerosos, unidos, fortes e populares
no meio esportivo.
Como muito bonita era também a arena da prova, montada no estacionamento
do shopping da cidade que mais ligação tem com a corrida de rua. Tratava-se de
um novo evento, uma primeira edição, mas nem parecia. Quase todos ali já
conheciam muito bem os nomes tradicionais envolvidos e também o trajeto, usado em
pelo menos duas outras corridas, uma inclusive com três etapas de circuito. Déjà vu quase total. Eu,
particularmente, teria escolhido um outro itinerário, usando apenas como base o
mesmo local. Mas compreendo quando mencionam as dificuldades no controle de
trânsito como fator contrário às novas experiências.
A entrega opcionalmente antecipada do kit facilitou bastante as coisas,
deixando os minutos que antecederam a prova reservados para o relax. Bati um papo com um amigo aqui,
outro ali. Quando vi, já estava quase em cima da hora da largada. Mas esse meio
tempo serviria também para uma decisão bastante importante. Um pouquinho pé quente, mas um bocado persistente
também, acabaria ganhando nada menos que três inscrições para essa corrida.
Cederia duas delas para companheiros de equipe, o Ronnie e o Toninho, este
último tendo sido inscrito à revelia na prova de 5 km. Quando eu fizera a minha
inscrição, não sabia ainda da corrida de Caraguá marcada para a véspera; e
tinha cravado os 10 km como escolha. Não havia como juntar melhor a fome com a
vontade de comer: um corredor cansadão, doido pra correr só metade; e outro
que tem pilhas alcalinas e, se deixarem,
faz aquecimento em distância maior que a da própria corrida. Não era slogan de
operadora de telefonia celular, mas tratamos de trocar o chip. Pela segunda vez
na região, o do tipo descartável.
Demorei para atender aos convites dos amigos para ir alinhar e, quando o
fiz, não tinha mais como querer arrumar boa posição no grid. Resignado e sem estresse, fui com a Janete até lá, despedi-me
recebendo os votos de boa prova e me posicionei ao lado dos amigos Jorge
Monteiro e Carlão Amazonas, ambos também cinquistas.
Com alguns minutinhos além do horário previsto, nada que comprometesse,
começamos a nos movimentar no embalo da massa. Muita gente usando a camiseta
oficial da prova, bonita e com tecido de boa qualidade, mas meio imprópria para
corridas solares por seu tom escuro. Uma
divisão por baias, volto a sugerir, já começa a se tornar interessante também
por aqui. Não sou rápido, longe disso, por sinal... Mas tive que sair driblando
adversários bem mais lentos, feito um Denilson nos bons tempos, para conseguir
desenvolver minha modesta velocidade de
cruzeiro. Brinquei com um colega, que também subira forçadamente na
calçada, alertando-o para não trombar de cara com o poste.
Largando, como de costume, na avenida oposta à da reta de chegada, a
Major Miguel Naked, percorremos uma curta reta, de uns quatrocentos metros,
virando à direita no final dela para pegar a pista da Doutor Eduardo Cury, onde
estava montado o pórtico final, só que no sentido contrário. Antes mesmo da
primeira placa de quilometragem (grandes, bem visíveis e batendo quase
exatamente com a marcação do GPS) aparecer, já pintou um primeiro posto de
hidratação. Fiquei em dúvida se aceitava ou não um copinho, mas já que estava
incluso no preço, acabei esticando a mão. Bebi meio gole, molhei um pouco a
cabeleira e segui com quase todo o resto chacoalhando no recipiente. Tinha
decidido, ali mesmo na hora, uma coisa: iria sim correr de relógio, registrando
inclusive cada parcial de quilometragem. Mas resistindo ao impulso de olhar
para ele a cada bipe. Correndo um pouco acima da zona de conforto, fazendo
aquilo que a carcaça, fustigada pelo esforço acumulado dos últimos dias,
aguentasse, sem nenhum tipo de cobrança ou preocupação com o tempo.
Segui pela reta mais longa, após saudar os familiares ali postados e também
o nosso amigão João Paulo, filho do companheiro Juarez, mantendo a mesma
passada, num ritmo aparentemente forte para os meus padrões atuais, mas
administrável. Ainda deixando bastante gente para trás, cheguei ao final da
grade do shopping, atravessei o cruzamento com a São João e ganhei a pista da
Jorge Zarur, margem do córrego Vidoca, que lhe dá o nome pela qual é bem mais
conhecida. Um controle de tráfego dessa vez ao meu ver impecável nos dava
tranquilidade para transpor os encontros das avenidas. O isolamento de apenas
meia pista da artéria que liga a zona
sul da cidade às regiões central e oeste e vice-versa, como acontecera também
em outras corridas por ali, garantiu a segurança de todos e sem tumultuar para
ninguém, a pé ou de carro. Depois que passou o hipermercado e alguns prédios
residenciais, o apito do relógio soou mais uma vez, mas eu o ignorei
solenemente. Segui o meu caminho com tranquilidade. Cumprimentei por ali o amigo
Orlando, confirmando que tinha dado certo o esquema da presença dele
representando o também premiado no Twitter, mas ausente Pace Run Amaral.
No fim da reta e passagem pela pontezinha (sobre a qual brinquei no
Facebook, dizendo que era a minha “Rio-Niterói pessoal”, num dia em que 8,5 mil
felizardos passavam correndo literalmente pela verdadeira) sob o viaduto do Anel
Viário, havia um segundo posto de água. Também pensei em passar batido, mas de
novo não o fiz, mudando de ideia na última chance. Começando o caminho de volta
e já sentindo nas panturrilhas o peso do esforço (não o do dia, mas o conjunto da obra), deparei-me com a
terceira placa. Imaginei que já tivesse perdido algum tempo ali (e depois da
prova confirmaria que eram 13’’ a mais que no km 2 e 22’’ acima do km 1), mas
isso foi ainda mais motivo para que eu mantivesse a minha promessa, não deixando
a queda de ritmo me desmotivar. De cabeça erguida, procurei um novo pace possível e com ele peguei a outra
pista da avenida.
O trecho da volta até o cruzamento e o chafariz foi o mais complicado.
Titubeei em alguns momentos, tive que segurar a vontade de transformar corrida
em caminhada. Sou casca grossa, mas não
sou máquina. Mas parei e pensei (ou pensei sem parar mesmo): faltava só um
pouquinho de chão, eu não estava lesionado e nem em vias disso. Por que então não
apenas seguir na mesma passada, sem forçar, mas terminando dignamente? Imbuído
desse espírito guerreiro, que alguns aí dizem que tenho (e de vez em quando eu
até acredito), relevei o cansaço e as pernas pesadas e senti até que tinha dado
uma acelerada (e tinha mesmo, baixaria em cinco segundos o tempo do km 4 para o
5). Alcancei a dupla João Georges e Luis Carlos (força aí, parceiro, essa uruca vai te largar!) e dobrei à
esquerda, alcançando a reta final e a quinta placa.
Poderia até ter embalado um pouco mais, usado como coelhos o Marco de
Pinda e o Edward (que cada vez vai se reaproximando mais dos bons e velhos
tempos), ambos pouco à frente, mas preferi curtir aquele trechinho final quase em
ritmo de passeio, tirando de propósito o pé. Confirmaria no GPS, ao final, que
os tais 600 metros a mais sempre mencionados não eram mesmo tudo isso, mas
pouco mais de 400. Passei pelo pórtico sem sprint
e nem festa, mas com a alegria interior da missão cumprida. Fechando na casa de
27’ alto, praticamente um minuto acima da minha marca recorde no trajeto, mas
ciente de que tinha feito qualquer coisa bem perto do meu melhor possível para
o dia. Sempre que isso acontece, termino feliz e satisfeito, números à parte.
Na sacolinha (de nylon, azul e bonitona) do kit, recebido sem transtornos
e com a boa vontade do organizador, avisando pessoalmente do posto de água
adicional, veio maçã, banana, barrinha, hidrotônico, papelada (faz parte!) e
uma medalha para deixar contente até os mais atletas mais exigentes. De bom
tamanho, formato original, alusivo ao ramo da empresa patrocinadora e em cores
(inclusive a fita, um diferencial interessante). Só faltaram mesmo o dia e o
mês (ano tinha). A distância, eu já cheguei à conclusão de que é pregar no deserto. Também compreendendo
as questões logísticas que isso envolveria.
A diversão seguiu no pós-prova. Reunidos na nova tenda, que vai evitar daqui
pra frente que fiquemos dispersos pela arena, colocamos por bastante tempo as
fofocas em dia, enquanto não eram divulgados os resultados e liberada a premiação
das faixas etárias. Estava tão animado que nem deu pra perceber que quase todo
mundo já estava indo embora. Houve algum tipo de problema no registro da
cronometragem e, lá quase para o meio-dia, informaram que os resultados seriam averiguados
e que os troféus seriam entregues posteriormente nos endereços dos vencedores.
Coisas que infelizmente acontecem e causam transtornos, mas, ao meu ver, que não
ofuscaram o brilho do evento, um sucesso em quase todos os aspectos. Foi apenas
a primeira corrida do ano na cidade, num calendário que vai ter ao menos
dezessete eventos, muitos deles novidades, como esta prova também foi. Tivemos
o prazer de receber hoje muitos amigos de outras cidades e regiões, entre os
quais destaco o conceituado treinador Branca, que comanda a equipe da qual
participa minha querida amiga Mayumi. Que possamos ter uma temporada de provas
cada vez melhores e mais prestigiadas aqui em São José dos Campos. Sejam todos
muito bem-vindos às nossas corridas. Até as próximas!
Percurso:
Link: http://connect.garmin.com/activity/79790788
Altimetria:
Gostei:
da estrutura do evento como um todo, da distribuição de água no percurso,
da camiseta, da medalha, da ótima precisão na marcação de quilometragem
Não
gostei:
do problema com a premiação nas faixas etárias
Links
sobre a prova:
http://www.loverun.com.br/sem-zebra-na-oscar-reebok-run-2011/
Avaliação: (1-péssimo 2-ruim 3-regular 4-bom 5-excelente)
Média: 4,63
Veja também:
- Inscrição: 5 (não precisei fazer)
- Retirada do kit pré-prova: 5 (tranquila, com opção na véspera e no dia)
- Acesso: 4,5 (estacionamento do shopping, que acabamos pagando por sairmos depois das 11h)
- Largada: 4,5 (atraso pequeno, espaço suficiente para evitar muito tumulto)
- Hidratação: 5 (postos mais que suficientes, bem distribuídos e com água gelada)
- Percurso: 4,5 (manjado, mas eficiente e rápido)
- Sinalização: 5 (placas grandes, bem visíveis e muito bem posicionadas)
- Segurança/Isolamento do percurso: 5 (funcionou sem problemas)
- Participação do público: 4 (no trajeto segue inviável, mas há cada vez mais concentração na arena)
- Chegada/Dispersão: 5 (bem sinalizada para quem seguia nos 10k ou ficava nos 5k)
- Entrega do kit pós-prova: 5 (fila pequena e andando rápido)
- Qualidade do kit pós-prova: 4,5 (dentro do esperado)
- Camiseta: 4,5 (bonita e de qualidade, poderiam ter variado na cor)
- Medalha: 5 (muito bonita, fita no capricho, faltou data e distância)
- Divulgação dos resultados: 3 (atrasou na hora, inclusive adiando a premiação; saiu primeiro no formato pesquisa, depois pintou uma lista convencional)
O relato da Cristiane
O relato da Irma
O relato da Patrícia
O relato do Gerson Narezzi
O relato do Jorge Monteiro
O relato do Michel
O relato do Orlando
O relato do Ronnie
O relato do Wilson Arantes
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