2ª Corrida do Padroeiro

http://www.saosebastiao.sp.gov.br

 

Geral: 330ª corrida 2014: 42ª corrida

Data: 28/12/2014 – 9h08min (domingo)

Local: largada na Praia de São Francisco, chegada na Igreja Matriz – São Sebastião/SP

Distância: 5,44 km (83ª)

Tempo: 30:07 (líquido) e 30:09 (bruto)

Velocidade: 10,84 km/h (3,01 m/s) Ritmo: 5:32 (-0,46%)

Pontos (Tabela Húngara): 97

Temperatura: dia claro (até demais!), 34ºC

Valor da Inscrição: grátis

Número de peito: 200

Tênis: Asics Gel Impression cinza/vermelho (1)

 

Colocações:

Geral: º (de) ,%

Masculino: º (de) ,%

Categoria 40-49 anos: º (de) ,%

 

Resultado na Web:

http://estounessa.com.br/asp/Resultados.asp

 

Medalha:

 

Camiseta:

 

Foto:

 

Álbum de Fotos

 

Relato:

Depois do verdadeiro fiasco (tanto meu quanto da organização) que foi a prova Henock Reis Filho deste ano em Aparecida, o roteiro era apenas fechar a temporada 2014 com os 15 km da Corrida da Virada Joseense, e ponto final. Mas quem é que segue roteiros quando se trata de correr? Eu é que não! Pintou, meio de surpresa, o convite para mim e a malucada do asfalto. E lá fomos nós para o litoral, já cientes de que as temperaturas apocalípticas dos últimos dias dificilmente nos permitiriam desempenhos satisfatórios. Sem problema algum. Não importa o quanto a corrida possa ser simples e/ou com pouca divulgação. Nós estaremos lá, com o mesmo prazer e a mesma alegria de sempre. Nós somos os malucos do asfalto.

 

 

Por conta de aguardadas férias, ou mesmo de outros compromissos e corridas (como a segunda edição da realizada pela Fundação Lia Maria Aguiar, em Campos do Jordão), nossa delegação acabaria sendo um pouco menor que a esperada. Mas contaria também com participações especiais, qual a do nosso jungle man Silvio Lima, vindo especialmente de Manaus para as comemorações de final de ano e aproveitando a breve temporada para correr conosco. No que é sempre muito bem-vindo.

 

 

Preocupados com um eventual movimento acima do normal na estrada, típico desta época, deixamos São José bem cedo: pouco depois das seis da manhã. Mas fomos surpreendidos com a Tamoios e a Rio-Santos praticamente sem tráfego, exceto no sempre chatinho trecho de serra. Chegamos a São Sebastião ligeirinho, já providenciamos a retirada dos kits de toda a equipe em lote (o nosso obrigado novamente à organização pela gentileza). E ficamos só aguardando a hora de correr, curtindo o sempre lindo visual, registrando as imagens, tomando o tradicional e imperdível cafezinho e colocando as fofocas em dia. Embora temendo também o quanto a temperatura, já alta antes das oito da manhã (e em pleno horário de verão) pudesse subir até as nove.

 

 

Resolvido o imbróglio sanitário (os da igreja demoraram um tanto a serem liberados para os corredores), fomos chamados a alinhar. Sem um relógio-termômetro daqueles de rua por perto, mas com a nítida sensação de que os trinta graus já haviam ficado para trás — e muito, fui para o grid sabendo que as chances de fazer uma boa corrida, combinando isso com o meu momento físico nada bom, eram quase nulas. Aproveitei a prece coletiva, pouco comum nas corridas em geral, mas sempre válida, para pedir que as condições climáticas mais que adversas não fizessem vítimas de qualquer espécie naquela manhã. Leandro, nosso “piloto”, estava se recuperando de uma lesão (em breve você estará de volta às provas, parceiro!), mas veio assim mesmo. Com o Diogo também baleado, ficaram ambos firmes e fortes na cobertura fotográfica; além, claro, do primordial resgate motorizado pós-chegada, que, como de costume nas provas sebastianenses, era em lugar bem diferente da largada.

 

 

Com um atraso pequeno, que não chegou aos dez minutos (embora a cada um que passasse, o sol ficasse ainda mais inclemente), enfim largamos. Já virados em direção ao centro da cidade, exatamente como na prova do feriado de 7 de setembro último. Com isso, não só o retão de acesso à praia e à igreja e o convento históricos seria encurtado, como também um bom trecho da rodovia ficaria de fora do trajeto. Diminuindo, e bastante, a distância previamente anunciada de sete quilômetros. Na da Independência, o percurso tivera cerca de 5,5 km.

 

 

O destaque inicial da prova ficaria por conta do Tonico, o mais figuraça dos nossos corredores. Que já viera na viagem de ida dizendo que 2015 vai ser o seu grande ano nas pistas. Quem há de duvidar do único cara que fez as maratonas do Rio, de SP e ainda o nosso Treinão da Fé de Taubaté a Aparecida, tudo isso num intervalo de pouco mais de três meses? Ele saiu num ritmo bem forte e ditou a toada do nosso habitual grupo. Ficamos eu, Edson, Silvio, Seneval e Toninho ali, na cola, tentando não deixar o coelhão escapar muito.

 

O resultado dessa brincadeirinha arriscada seria um primeiro quilômetro bem forte, sobretudo para os meus (baixíssimos) padrões atuais e, mais ainda, para o clima do dia. Não imaginei que faria parciais abaixo dos 5’ e me surpreendi ao ouvir o primeiro apito do relógio mostrando 4’47’’. A placa de quilometragem é que não estava lá muito bem posicionada, uns duzentos metros antes do local correto.

 

A partir daí, seria uma caçada implacável... Pelas (raras) sombras ao longo do acostamento da Rio-Santos, todo isolado por cones. Na hora em que a viseira da moça logo à frente caiu, e ela não voltou para pegar, pareceu até um recado: protege aí o cocuruto! Eu, que não tenho costume nenhum de usar boné, lamentei muito a ausência do hábito. Era só o começo da prova e já estava saindo fumacinha preta do telhado. Como foi difícil alcançar a corredora para entregar a ela o objeto perdido. Mas consegui fazer a boa ação.

 

Houve até, é bom salientar, válidas tentativas de minimizar os problemas causados pelo calor. O primeiro posto de hidratação veio logo cedo, perto do km 2. E ainda teríamos outro logo mais à frente; ambos com água fria, se me recordo bem. Mas o domingo não era mesmo um dia para correr, pelo menos não para este esquimó que vos escreve. Se ainda cheguei à segunda parcial com um tempo razoavelmente digno, de 5’11’’, não conseguiria mais fazê-lo daí em diante. Antes mesmo da metade, a prova já estava acabando para mim. Edson, menos sensível ao calorão, já tinha disparado à frente. Seneval e Silvio me ultrapassaram quando dei a primeira reduzida para caminhar.

 

 

Embora tenha como uma das minhas metas sempre fazer o melhor possível para o momento nas corridas de que participo, o lema maior segue (e seguirá sempre) sendo saúde em primeiro lugar. Que me desculpe quem pensa diferente. Não precisei de grandes ameaças à integridade física para agir. Bastou perceber que a sensação de superaquecimento, dos pés à cabeça, impedia de correr minimamente bem, para que eu passasse a encarar a prova como um “passeio” de São Francisco da Praia ao centro da cidade. Com direito a algumas breves caminhadas quando bem entendesse. Perdi até a conta de quantas foram, talvez uma meia dúzia delas.

 

Chegava a ser engraçado. Como sou (bem) lento, mas um pouco menos que outros corredores, bastava que voltasse a correr para devolver algumas das ultrapassagens recebidas nas andanças. Continuava enxergando alguns dos amigos (tava sofrido pra todo mundo!) logo ali. Faltavam, todavia, forças e condições salubres para tentar alcançá-los. Mas só a visão deles já me servia de incentivo para não entregar simplesmente os pontos e chegar andando, cena meio vexatória numa distância (teoricamente) tão curta. Aquela esquininha da estrada, agora transformada em Avenida Guarda-Mór Lobo Viana, nunca custou tanto a chegar. Até chegar lá, parciais bem altas: 5’44’’, 5’57’’ e 5’55’’ nos quilômetros 3, 4 e 5, respectivamente.

 

Os metros finais, supostamente até a Rua da Praia, também seriam dolorosos. A pele queimava, tal qual os pulmões, com o ar quente, quase irrespirável. Quando nos fizeram dobrar à direita um pouco antes, numa rua paralela à da chegada de setembro, não sabia se ficava contente ou não com a mudança-surpresa. Na prática, pouca diferença: seriam apenas oitenta metros a menos, com a chegada na bonita praça da pequenina Igreja Matriz. E bizarros dois minutos e meio a mais no tempo, já não lá essas coisas, da última vez. Não me importei: celebrei minha chegada de braços abertos, como qualquer outra, anterior ou futura. Todas têm sempre o seu valor.

 

 

Após o pórtico, fomos recebidos com uma bela medalha, um inusitado modelo atômico. Com mais água, que acabou rapidinho (ebulição?), mas foi reposta logo depois. E com uma farta mesa de frutas, com três variedades delas: banana, tangerina e melancia. Fiquei só com as duas primeiras, a última geralmente me é indigesta. Mas que deu vontade de me hidratar com ela, bem que deu. Se tivesse por ali uma piscina, juro que caía dentro. Quase fui até uma praia própria para banho, meio longe dali, para um merecido tchibum. Que faça bem menos calor na última prova do ano, ou ela deverá ser uma (longa) caminhada também, com um trote ou outro no meio, para não ficar feio demais.

 

Mesmo representada por um pequeno número de corredores, a Equipe 100 Juízo teve alto aproveitamento no pódio. Saíram de lá com caneco na mão o Wanderley, o Helber, o Giovani (grande Pikareta!), o Thiaguinho (o Pikaretinha!), o Paulo Marques e a Isolina, além do nosso eterno Cap. Zebra. Ficam aqui registrados os nossos parabéns a todos eles. Bem como a todos os outros que também participaram.

 

 

Quarta-feira tem mais, a última do ano. E em 2015, mais ainda.

 

Percurso:

 

Altimetria:

 

Gostei:

da mudança do lugar de chegada, da medalha, da camiseta, das frutas

 

Não gostei:

do horário de largada (apesar de tornar mais fácil a viagem), da demora na divulgação dos resultados

 

Avaliação: (1-péssimo 2-ruim 3-regular 4-bom 5-excelente)
- Inscrição: - (coletiva, não precisei fazer)
- Retirada do kit pré-prova: 5 (em lote e bem tranquila)
- Acesso: 4 (o ônibus para o transporte de volta para a largada, tradicional da outra prova no mesmo percurso, faz falta)
- Largada: 4,5 (atraso pequeno, no calor, cada minuto faz diferença)
- Hidratação: 4,5 (postos mais que suficientes e bem distribuídos; chegou a faltar no final, mas houve reposição)
- Percurso: 5 (praticamente igual ao da prova de setembro, só com o desvio no final)
- Sinalização: 4 (placas bem visíveis, mas diferença considerável na medida)
- Segurança/Isolamento do percurso: 4,5 (meio estreito, isolado do trânsito por cones)
- Participação do público: 4 (concentrado na arena, menos que o de costume pelo caminho)
- Chegada/Dispersão: 5 (sem problemas)
- Entrega do kit pós-prova: 5 (tranquila)
- Qualidade do kit pós-prova: 4,5 (mesa de frutas caprichada e com quantidade suficiente para todos)
- Camiseta: 5 (simples, mas com tecido de ótima qualidade)
- Medalha: 5 (boa surpresa: bonita, original, com data do evento)
- Divulgação dos resultados: - (aguardando, até terça nada)

Média: 4,61

Viagem:
111 km, sem pedágio
SP-099 (Tamoios) até Caraguatatuba
SP-055 (Rio/Santos)
São José dos Campos/São Sebastião


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